E aqui publico mais um punhado de poesias das que me arrisco chamá-las assim. Não fiz cartão / mensagem de ano novo. Fiz poesias em que me deparo com o novo. Ontem, hoje, amanhã, sempre. Novas possibilidades, novos olhares, até mesmo novas fugas. Quem sabe?
DESCENDO A COLINA
Descendo a colina
encontro o sol
solfejo a brisa ligeira
abro os braços pra esta manhã
que me recebe pra vida
embriagando-me de liberdade
DANÇANDO VIDAS
Danço pensando em você
Um dia depois do adeus
Mon amour la vie
Conectado em sensível telhado
Danço o que o meu olho vê
Minha alma necessita
Meu corpo vibra
Baião meninas bonecas de niná
Danço o imaginário
Que brota gracioso
Em corpo de marinheiro
Samurai sombrio desvairado
Tribal quebro coco xique xique
Rascunho experimentos ímpares
Em busca de pares perfeitos
Fulanos de tal e todas as suas horas
DE TUDO QUE VIVI
De tudo que vivi
Resta o doce sabor do pecado
A lembrança das noites em claro
O sol entrando pela sacada
De tudo que vivi
O brinde com a taça da vaidade
O veneno servido no olhar
A fadiga em minha face estampada
De tudo que vivi
Nem remorso nem saudade
Uma estrada que perdi o rumo
O olhar firme pra nova empreitada
DEPOIS DO FIM
Depois do fim
Resta o silêncio
Tagarelado de lembranças
E as marcas no cobertor
Depois do fim
Resta uma curva
Uma linha reta
Um fio e um novelo
Depois do fim
Outros caminhos
Outras curvas
Reticências