A montagem parte de elementos simples para salvaguardar o universo poético do escritor, valorizando sua palavra-carne, palavra-pele, palavra-vida. Em cena, o barro abre caminhos para um emaranhado de impressões e sensações sentidas provocadas pelo eu lírico, ora aflito, ora indignado, ora em estado de equilíbrio. A dramaturgia opta por um espetáculo intimista em que o público, disposto numa arena no palco, possa respirar junto com o ator o mesmo barro, o mesmo sentimento tornado palavra, ação e reação.
As imagens da encenação teatral estabelecem diálogos com o contemporâneo homem da rua, com Zumbi dos Palmares, com a oratória de Castro Alves, trazendo à tona a matéria da poesia de Salgado Maranhão arraigada de memória da pele, incrustada no homem atual.
Recentemente Salgado Maranhão, ao tomar conhecimento da montagem do espetáculo a partir de seus poemas, escreveu a seguinte mensagem:
"vê meus poemas interpretados, com tanta competência, tanta intimidade com o que está escrito,causou-me uma gostosa sensação de estranhamento: foi como se os poemas não me pertencessem mais. Parabéns, o resultado ficou lindo e impactante. (...) Meus agradecimentos a você e, também, ao diretor, que soube produzir uma ambientação simples, que não esconde as palavras. Grande abraço, Salgado Maranhão."
Vale a pena conferir este trabalho! Dias 26, 27 e 28 de maio, 20h, no Teatro Estação (Trilhos - Av. Miguel Rosa com Frei Serafim). Ingressos a R$7,00 (meia) e R$14,00 (inteira).
Mais informações com Vitorino Rodrigues pelos fones (86) 8821-6146 / 9402-5949.
Uma otima apresentação,tive a oportunidade de ver e está mais do que aprovado!!
ResponderExcluirVitorino está de parabéns!!!