MARATONA TEATRAL DE FÉRIAS

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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

POÇÕES DE POESIA PARA O NOVO




E aqui publico mais um punhado de poesias das que me arrisco chamá-las assim.  Não fiz cartão / mensagem de ano novo. Fiz poesias em que me deparo com o novo. Ontem, hoje, amanhã, sempre. Novas possibilidades, novos olhares, até mesmo novas fugas. Quem sabe?

DESCENDO A COLINA

Descendo a colina
encontro o sol
solfejo a brisa ligeira
abro os braços pra esta manhã
que me recebe pra vida
embriagando-me de liberdade



DANÇANDO VIDAS
 
Danço pensando em você
Um dia depois do adeus
Mon amour la vie
Conectado em sensível telhado

Danço o que o meu olho vê
Minha alma necessita
Meu corpo vibra
Baião meninas bonecas de niná

Danço o imaginário
Que brota gracioso
Em corpo de marinheiro
Samurai sombrio desvairado

Tribal quebro coco xique xique
Rascunho experimentos ímpares
Em busca de pares perfeitos 
Fulanos de tal e todas as suas horas
 

DE TUDO QUE VIVI

De tudo que vivi
Resta o doce sabor do pecado
A lembrança das noites em claro
O sol entrando pela sacada

De tudo que vivi
O brinde com a taça da vaidade
O veneno servido no olhar
A fadiga em minha face estampada

De tudo que vivi
Nem remorso nem saudade
Uma estrada que perdi o rumo
O olhar firme pra nova empreitada



DEPOIS DO FIM

 Depois do fim
Resta o silêncio
Tagarelado de lembranças
E as marcas no cobertor

Depois do fim
Resta uma curva
Uma linha reta
Um fio e um novelo

Depois do fim
Outros caminhos
Outras curvas
Reticências
 




sábado, 28 de dezembro de 2013

POEMAS ESCOLHIDOS

Mais uma seção de poemas meus - VITORINO RODRIGUES - que compartilho aqui no meu blog.


ETERNO

O que de mim pousa em ti
O que entre mim e ti se fixa
Arraiga o ser que me habita
Eterniza o olhar que me fita

O laço que se emaranha
Neste estado interstício
Magnetiza o tempo
No eterno momento que fica



E O DIA ABRIU-SE NUM SORRISO


E o dia abriu-se num sorriso
Numa cadeia de luz
Num rastrear de tristezas
Numa explosão de vida

A noite resolveu não chegar
E o dia embriagado de lua
Nina os amores febris
Que descansam no colo da alvorada
 


INEXORÁVEL

A gente diz que não quer
E o coração teima em acelerar
A gente diz que não ama
E o olho teima em luzir

A gente olha para o lado
Disfarça e tenta esquecer
A gente faz força pra entender
Mas a vida não tem explicação