Participaram da competição os espetáculos O Pássaro Azul e Brincando de Brincar, do Grupo Pavilhão da Magnólia, Fortaleza - Ce; A Loucura da Verdade, do Grupo Arteiros em Cena, Fortaleza - Ce; Uma rapadura, três atores e uma história, da Cia Sem Nome, Fortaleza - Ce; As Prosopoeias de Casimiro Coco e Livrolândia - O Reino da Leitura, da Cia Camarim de Teatro, Maranguape - Ce; O Tempo Nunca Passa, da Cia Verdade Cênica, Fortaleza - Ce; e Blá, do Grupo Pantim, Boa Vista - Ce; além, claro do representante do Piauí.
Cinco dias de espetáculo com a casa cheia, jurados afiados e nove espetáculos que se sucederam no palco do teatro Nego Cardoso, no Centro Cultural Tasso Jereissati, em Horizonte - Ce, cada um levando sua experiência de pesquisa, sua contribuição com seu trabalho. O resultado foi a coroação do evento pelo público que prestigiou o festival marcando sua presença a cada apresentação, consolidando o começo de uma nova história nas artes cênicas de Horizonte, até então voltada principalmente para a dança. O teatro fincou sua bandeira na cidade e com certeza o evento fará parte do calendário cultural da cidade, tamanho o êxito alcançado na edição deste ano.
Não foi tarefa fácil para os jurados. A seleção dos espetáculos que compuseram a programação do evento foi criteriosa, o que tornou o festival a cada apresentação realizada mais disputado. E aquela fatídica pergunta soava inevitavelmente: quem serão os vencedores?
A resposta só veio na noite de sábado, quando o último espetáculo se apresentou e os jurados puderam sentenciar seu veredito. Para a Truá Cia de Espetáculos, grupo de Teresina e único grupo que não era do Ceará, ficava a dúvida: dividirão os prêmios, face da qualidade dos espetáculos apresentados? O júri,também formado por profissionais do teatro em Fortaleza, teria coragem de premiar um grupo que não fosse do Ceará, meio a tantos cearenses de inegável qualidade técnica?
"17 Minutos antes de você", no dia de sua apresentação, já tinha recebido de pronto, de uma das juradas, o convite para temporada no Teatro José de Alencar, para o mês de julho. Para o elenco este já era uma prêmio (e como!) e já estava até se acostumando com a ideia, quando os envelopes foram abertos, e um a um, os prêmios iam sendo anunciados. Quatro indicações, quatro prêmios (melhor espetáculo, melhor texto original, melhor direção e melhor ator para a dupla de atores Vitorino Rodrigues e Júnior Marks.
A comissão julgadora era formada por Francinice Campos (atriz e diretora de teatro consagrada e diretora do Grupo Palmas), Ana Marlene (atriz de teatro de rua) e Maria Rosa (diretora de teatro e doutora em Filosofia do Teatro), todas de Fortaleza - Ce. Como elas mesmas afirmaram, "não foi fácil premiar com as melhores categorias um grupo que não fosse do Ceará, mas era inevitável pela inquestionável e superior qualidade técnica da Truá Cia de Espetáculos apresentada no festival."
Viva a ética e a imparcialidade! Viva o teatro piauiense! Viva!
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